domingo, 27 de setembro de 2009

Personagens I

Resolvi começar com fichas de personagens, ao invés de entrar direto na história e organização da Polícia. :D Só não esperem desenhinhos sempre. :P

Vamos começar com os protagonistas, claro. Mais pra frente, começo com os secundários mais importantes, como Mme. Mercier, André e João de Deus.



Cristina:

Idade: 16 anos

Filiação: Carmem e Geraldo Figueira da Costa

Aparência: Alta, abaixo do peso, cabelos pretos, ondulados e escorridos. Olhos grandes, da mesma cor. Palidez anêmica, olheiras, roupas masculinizadas.

Cristina é cética e mal-humorada por natureza. É independente e inteligente, e bastante teimosa. Tem grande afeição pelo pai já morto, e tem muita curiosidade a respeito da possibilidade dele não ser humano, embora não saiba até que ponto isso pode ser verdade. Tem visões e enxaquecas constantes.





Diego:

Idade: 16 anos

Filiação: ?

Aparência: Porte atlético, boa aparência, cabelos negros encaracolados, olhos castanhos. Bronzeado.

Diego é ligeiramente hiperativo, e não resiste a ser desafiado. Estuda no Conservatório há quase dez anos, e logo entra em escaramuças com Cristina. O temperamento "do contra" dela o estimula, e ele gosta de provocá-la. É esquentado e sempre diz a primeira coisa que vem à cabeça, o que quase sempre termina em problemas com o interlocutor.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Programa

Outra coisa importante é colocar o Programa da história. (O índice. Duh.) Às vezes, eu esqueço só pus aqui a sinopse e o prólogo. :P

O Programa provavelmente vai ser uma das partes mais revisadas e atualizadas. Basicamente, cada capítulo é um movimento, e cada movimento recebeu o nome de uma música clássica. Até o momento, os que estão definidos são:


- Chopin – Prelúdio (ainda não escolhi qual)


O prelúdio, vocês já leram. =3


- Beethoven – Piano Sonata nº 8, Op. 13, Adagio
Achei que a Patética era ótima para apresentar a vida adolescente da Cristina, as poias da sala dela, desilusões amorosas e essas coisas menores. :D


- Vivaldi - Concerto para flauta em G menor, Op. 10, No. 2, Largo
Il sonno foi escolhida por que esse é um capítulo inteiro sobre uma enxaqueca, sonhos e lembranças. É aqui que somos apresentados ao pai de Cristina e ao "tio" André, o vampiro que apagou a memória dela.

- Paganini - Concerto para violino No. 2 em B menor, Op. 7, Rondo
La campanella é óbvia: a campainha que Cristina toca para acordar Diego, o rapaz que está vendendo ingressos para um concerto no Conservatório, no dia seguinte. Nesse capítulo, ela descobre que o João de Deus, seu correspondente, realmente sumiu.

- Beethoven – Sinfonia no. 5 em C menor, Op. 67, Allegro con brio
Destino. Várias coisas acontecem na noite do concerto, que faz por merecer seu nome. Cristina passa mal e Diego acode. Para o azar da garota, os dois acabam misturando os destinos, mais pro fim do capítulo.
 
 
Já estou no movimento 8, mas não tenho nome a partir do 5 ainda. Qualquer hora falo deles. :D

É estranho escrever sobre momentos felizes de gente morta

#prontofalei

Nem tanto é pelo fato de estarem mortos. Quer dizer, eu sou espírita. Vida após a morte e talz. O negócio é que, quando eles morrem tragicamente e os vivos estão sofrendo, é druris escrever sobre os momentos felizes do passado.

No momento, estou escrevendo entrevistas que falam do passado que o pai, a mãe e o "tio" de Cristina dividem. (Eles são mencionados no movimento 1 ou 2.) Essas estrevistas vão ficar entre os movimentos 8 e 9, ou talvez espalhadas como intermezzos. Não me decidi pelo melhor formato ainda.

Para o próximo post, tou pensando em escrever sobre a Polícia Dimensional. Fundação, história, expansão, hierarquia... Vamos ver se animo. :D

Deixa eu voltar aos "2 solteirões e um bebê". :\

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Prelúdio

Querem ler o prelúdio da versão 3? Não? Bah, como se eu ligasse. XD

ATENÇÃO, ESSE PRELÚDIO PODE - E VAI - SOFRER ALTERAÇÕES ATÉ O FIM DA ESCRITA.

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Prelúdio



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AE Polícia Dimensional [V.56214]
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comando>_
comando>login
informe matricula>BRMG02002003
informe senha>*******

*iniciando sequência de acesso...

Você é: SOL MAIOR – ESTAGIARIO SENIOR – DAV – REGIONAL CONSERVATORIO

Confirma? (S/N)>s
comando>bdrelat
informe codigo_relat>95005687713

Você solicitou: ASSASSINATO GERALDO VIEIRA LEITE


Confirma? (S/N)>s

Erro retornado 04 – CODIGO DE SIGILO INCOMPATIVEL COM O LOGIN


comando>diabos o levem

Erro retornado 01 – COMANDO INVALIDO


comando>
comando>logout


*fechando seqüência de acesso...


comando>exit

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[Protocolo de acesso do documento: 25651723541A25J00
Acesso feito por: Sol Maior – Regimento 2 – Código 003 – Detetive nível 1
Descrição do documento: Transcrição de fita cassete do diário de C. V. L., seis anos.
OBS: Identificações pessoais removidas na impressão e reprodução, de acordo com a diretriz 1.3.7b do código de sigilo do D.A.V.]


28 de agosto.

Aconteceu de novo. Ontem à noite.

Eu devia saber que ia acontecer, porque a Lua não tava amarela, ela tava vermelha. Me dá um pouco de medo, quando ela fica dessa cor.

Eu tava treinando a Musette. Já tô tocando mais rápido que anteontem. Será que vai demorar até eu tocar bem rápido?

Mas então. Eu tava tocando a Musette. Aí, assim, de repente, eu vi um clarão vermelho no meu mindinho. Fingi que não tinha visto nada e continuei tocando, mas eu tava tremendo. Aí, minha mão toda ficou vermelha. Todinha! Eu sentia que não tava molhada, mas quando olhava, parecia que tava encharcada de sangue!

Aí, eu virei a cara, porque não queria ficar vendo aquilo. Só que na parede da sala tinha outra mancha. Uma mancha enorme, parecendo uma explosão.

Aquilo, pra mim, chegava! Decidi que ia pra sala de televisão ficar com a mãe. Ela ia me xingar, mas pelo menos, eu não ia ficar sozinha. Só que quando eu já tava na porta, não deu pra continuar. Tinha um menino ali, sabe? Um menininho do meu tamanho.

Quer dizer, não era bem um menino. Ele era transparente, que nem aquele sangue. E tava olhando pra mancha e chorando. Dava até pra ouvir! A mão dele tava vermelha do mesmo jeito que a minha. O engraçado foi que minha mão tava normal, quando olhei pra ela de novo.

Até que ver o menininho não me deu muito medo. Eu já tinha visto essas coisas transparentes, lembra? Tá gravado no início da fita. O que me deu medo, mesmo, foi que ele olhou de repente pra mim. Eu sei que foi pra mim! Ele andou pro meu lado! Aí, eu comecei a achar que ele não era gente transparente, era um fantasma.

Eu ia correr dali. Ia mesmo! Só que quando ele viu que eu ia embora, ele gritou e escondeu a cara na mão. E ficava dizendo “Eles morreram, eles morreram! Não me deixa sozinho, eles morreram!” Aí, eu não sabia que que eu fazia, porque não queria ficar ali com um fantasma sujo de sangue, mas tinha medo de ir embora, ele ficar com raiva, e voltar pra puxar o meu pé!

No fim, eu decidi sentar de novo no piano e começar a tocar aquela música que eu inventei. Aquela que eu gravei domingo. Aí, comecei a cantar umas coisas pra ver se o menino parava de chorar. Foi meio difícil, porque minha dor de cabeça começou a piorar. Ah, eu ainda lembro uma parte assim, ó: “Não tenha medo/ Pois vai clarear/ Estou contigo/ Não tem que chorar”. Cantei até parar de ouvir o choro dele. Mas aí, a minha cabeça já tava doendo tanto, mas tanto, que acabei vomitando, e devo ter desmaiado. De manhã, acordei aqui na cama.

Já escureceu e o fantasma não voltou. Acho que ele ficou feliz de eu não ter deixado ele... uh... deixado-o... sozinho, e não voltou para me assombrar.

Um fantasma que eu queria ver era o do meu pai. Tô com tanta saudade!

Mas eu já falei demais hoje, e não aconteceu mais nada de importante. Boa noite!


***



[Protocolo de acesso: 25651723541A25J01
Acesso feito por: Sol Maior – Regimento 2 – Código 003 – Detetive nível 1
Descrição do documento: Carta de J. D. S., 25 anos, para C. V. L., 16 anos.
OBS: Cabeçalho removido na reprodução, de acordo com a diretriz 1.3.7a do código de sigilo do D.A.V.]


Como vai a gatinha? Espero que bem. Continuo impressionado com sua inteligência. Sim, você estava certa em todas as suposições. Madame Mercier talvez tenha sido imprudente, mas o fato é que pouquíssimas pessoas observam que ela não mudou muito nos últimos duzentos anos. As pessoas dizem que é impossível, então, preferem acreditar em tudo, menos na verdade que salta aos olhos.

Quanto aquela lista. Acha que fiz mal em publicar? Mas as pessoas tem o direito de saber, não tem? Quero dizer, se seu vizinho é um vampiro, ou uma mula-sem-cabeça, você, no mínimo, tem o direito de se defender, certo? Além disso...

Depois de você ter me contado sobre ele, na última carta, tenho tentado descobrir mais sobre seu pai. Só o que pude apurar é que ele freqüentava o turno da madrugada do conservatório. Mantenho o que tinha dito antes: não há humanos normais nesse turno. Não sei o que ele era, mas você deveria se preparar para qualquer dia desses... Hã... Acontecer qualquer coisa com você. Se bem que você pode não herdar nada. Ou a herança pode nunca se manifestar. Mas não se assuste, o que não mata, fortalece.

Também não tenho pistas sobre o motivo da morte dele. Sei que tudo deve estar lá, nos arquivos da Madame Mercier, mas eles estão todos digitais, agora. E estão num formato incompatível com nossos sistemas operacionais. Já tentei invadir de todas as formas, sem sucesso. Acho que só funciona se usar um dos computadores lá de dentro.

Mas pra que pensarmos nessas coisas desagradáveis? Os dias tem andando bonitos ultimamente. Já tem muito tempo que nos correspondemos e moramos na mesma cidade. Não acha que seria um momento ótimo para um passeio na pracinha da prefeitura? Sem ser nesse fim de semana, no outro, o que acha? Sábado à tarde, talvez? Responda marcando o dia e a hora.

Já contei que estou aprendendo a fazer batatas gratinadas? Se bem que no momento ainda estão mais pra batatas queimadas.

Eu queria escrever mais, mas não tenho tempo. Vou continuar a investigação, e preciso trabalhar, também. Conselho de amigo: não compre um computador antes de fazer um curso básico de informática. Cada ocorrência que me aparece!

Espero sua resposta.

Um abraço.
J.

Ao coda

Versões anteriores

# Pois é, gente. O Conservatório tem passado. E é um passado como aquelas fotos de criança que você tirou debaixo do chuveiro, nu em pelo: bonitinhas, enternecedoras, mas potencialmente embaraçosas nas mãos erradas.

# Tudo começou e 2004. Eu estava no Adorável Noite e tive uma ideia de jerico: fazer um folhetim. Começou com um sonho vago em que eu tinha ido a um concerto, e acabou se fundindo com uma ideia meio vaga de conto de vampiros que eu tinha em mente, mais aquelas coisinhas que toda menina adolescente adora numa história de romance.

# Essa versão 1.0 é tão Crepúsculo que deve ter aumentado meus níveis de glicose durante todo aquele ano. :P Aos trancos e barrancos, terminei o folhetim, mas a história foi mudando conforme as ideias foram surgindo. Quando cheguei ao fim, fiquei tão feliz de ter terminado uma história de 60 páginas que infernizei minha tia até que a imprimisse pra mim (em impressora matricial - tenho a cópia até hoje). O resultado? Bastou ler com atenção que vi o tanto de pontas soltas que tinham ficado. Foi daí que nasceu a versão 2.0, que era só a primeira com alguns ajustes.

# Até que eu cresci, não só em idade, mas em experiência de escrita, e resolvi que ia sair daquele mundiquinho das primeiras versões e melhorar e expandir a história. Menos melação, mais ação e toques de FC, além de outras criaturas que não só vampiros. Acho que a versão 3.0 talvez não chegue a ser a última, mas ela deve ser uma 3.4.8, ou algo assim. Não creio que mexerei dramaticamente na trama outra vez.

# Como não sou má, vou colocar aqui os pdfs das duas versões (a segunda parou no capítulo 5), se alguém tiver a curiosidade. Só vou avisando que rola pelo menos um grande spoiler da versão 3 na versão 1. Não reclamem depois. :P

Versão 1: CENSURADO
Versão 2: http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1825558

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Retorno

Pois é, pessoas. Depois de muita água passar debaixo da ponte, o blog d'O Conservatório voltou. Pretendo colocar aqui o material anexo sobre a história, contos, como a escrita via andando e tal. Basicamente, o blog é a seção de "extras" d'O Conservatório. Aproveitem. :D

Sobre a história (faltou isso, né? Anta!

Temos aqui a história de Cristina, uma garota inteligente e mal-humorada cujo correspondente some quando estava pesquisando sobre a morte do pai dela. Durante uma crise de enxaqueca, ela tem de volta certas lembranças que estavam adormecidas, e resolve investigar por conta própria o desaparecimento do correspondente e o assassinato do pai. O problema é que, aparentemente, o pai dela não era humano, e as pessoas que têm as pistas que ela procura também não.

Em sua busca, ela termina na antiga escola de música de seu pai e, lá, cruza caminhos com Diego, um jovem vampiro tagarela, que está na pista de garotas desaparecidas e acredita que Cristina possa ser a próxima a ser pega. Os dois passam então a trabalhar (mais ou menos) juntos para resolverem seus respectivos casos.